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Os Pilares da Autoestima

Foto do escritor: Psicóloga Luciana SalvadorPsicóloga Luciana Salvador

Atualizado: 6 de set. de 2021


Todos já percebemos que nosso sucesso em diferentes áreas está relacionado a como nos sentimos em relação a nós mesmos. Nossas reações a acontecimentos e a forma de lidarmos com situações têm uma relação direta com o que pensamos e sentimos sobre nós. Assim, inegavelmente a autoestima é a chave para o sucesso ou para o fracasso em muitas situações na nossa vida.

Nesse post escreverei algumas ideias trazidas pelo autor Nathaniel Branden sobre autoestima e formas de aprimorarmos isso em nós falando sobre alguns pilares essenciais para o desenvolvimento da autoestima. Você também terá em cada pilar a oportunidade de aprofundar essas ideias com exercícios que se encontram nesse site.

Segundo este autor a autoestima é composta por dois componentes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. A competência pessoal é o sentimento de que confiamos em nós para lidarmos com desafios, em entender e dominar os problemas. O sentimento de valor pessoal é sentir-se merecedor de coisas boas, de ser feliz, independente do que a pessoa faz. É uma espécie de amor incondicional por nós mesmos. Há muitas pessoas que sabem e confiam em sua competência mas internamente não se sentem merecedoras de coisas boas.

É importante entender que a autoestima é uma experiência íntima e pessoal, não pode nos ser fornecida pelos outros. Ou seja, não é o que o outro pensa sobre mim que é importante, mas o que eu penso sobre mim que forma minha autoestima. Assim, a aclamação dos outros, elogios, sucesso profissional, financeiro, conquistas sexuais, melhorias estéticas não criam nossa autoestima. Podem fazer com que nos sintamos melhores temporariamente ou mais confortáveis, mas isso não é uma autêntica autoestima. Quando as pessoas buscam nisso sua autoestima e conseguem vários “sucessos” externos sem sentir-se com competência e valor pessoal, poderão sentir com o tempo uma grande sensação de fraude ou vazio.

Como então podemos desenvolver mais autoestima? Abaixo descreverei cinco pilares que considero importantes e que percebo que faz realmente a diferença na autoestima dos pacientes quando estes passam a desenvolvê-los e aprimorá-los. Leia cada um deles e analise qual destes pode estar lhe faltando, lembrando que, quanto mais praticarmos esses aspectos, mais eles se tornarão naturais para nós. Os cinco aspectos descritos abaixo foram escolhidos tomando como base a teoria de Branden sobre a autoestima. Em cada item sugiro exercícios e questionários que estão na parte “exercícios autoestima” deste site para quem quiser aprofundar mais no processo do autoconhecimento.

1. Viver conscientemente

Muitas vezes vivemos a vida, o trabalho, as relações no “piloto automático” sem estarmos realmente conscientes e presentes do que estamos vivendo. Mas qual a relação disso com a autoestima? Quanto mais eu vivo conscientemente, mais confio em minha mente e respeito meu valor e reconhecer e sentir o valor pessoal é uma parte crucial da autoestima.

Viver conscientemente significa gerar um estado mental adequado à tarefa que estamos executando, assumir a responsabilidade e o engajamento com cada situação, independente de como ela é. É respeitar e reconhecer os fatos do mundo interior e do mundo exterior. É estar consciente do que estou vivendo, pensando e sentindo a cada momento, seja isso agradável ou não.

Para lhe auxiliar a refletir sobre isso e criar formas de ficar mais consciente, você pode utilizar os exercícios “exercício para tornar-se presente” no link https://46d37c1c-9bf3-4e9b-be06-40b8b3b1a8ee.filesusr.com/ugd/471461_80a305a613a84300ac7c894aa01036f9.pdf

2. Autoaceitação

Várias abordagens da Psicologia e da Filosofia tem trabalhado cada vez mais com a ideia da autoaceitação para podermos mudar. Isso se baseia na ideia de que só conseguimos melhorar se pudermos “aceitar” efetivamente o lugar em que nos encontramos. Se aceitarmos realmente o que sentimos, o que somos, a qualquer momento da nossa existência, podemos ser plenamente conscientes da natureza das nossas escolhas e atos. Se simplesmente rejeitarmos aspectos nossos por serem desagradáveis, é possível que estes se ampliem em nós.

Um bom exercício para treinarmos a autoaceitação é esse: coloque-se de corpo inteiro em frente ao espelho e se observe. Provavelmente você logo julgará, pensará em coisas que gosta ou não na sua aparência. Tente ultrapassar esse julgamento e continue olhando para sua imagem, experimentando dizer a você “Sejam quais forem meus defeitos e minhas imperfeições, aceito-me sem restrições”. Continue se olhando, respire profundamente e repita isso por um ou dois minutos. Embora você possa não gostar de tudo que vê em você (fisicamente ou internamente), pensar “neste exato momento este sou eu e não nego o fato. Eu o aceito” é ter respeito pela realidade e por você.

Assim, também em situações difíceis que você enfrenta, poderá treinar a autoconsciência (o que eu estou sentindo nesse momento? Medo, raiva...) e a autoaceitação (“reconheço meu medo e o aceito”). Esse é um recurso importantíssimo para lidarmos com emoções difíceis. Quando aprendemos a aceitá-las, não ficamos mais tão presos a elas.

3. Libertar-se de culpa

Em grande parte algo que diminui nosso valor pessoal e de merecimento é o sentimento de culpa. Muitas pessoas não se “permitem” ser felizes por carregarem sentimentos de culpa.

A culpa funciona como uma forma de punição contínua, mas que, por si mesma, não restaura ou modifica qualquer coisa. Não precisamos sentir culpa para mudarmos. Avaliar seu comportamento e buscar mudar ou restaurar danos é algo importantíssimo. Ressentimentos, medos e situações não resolvidas são problemas que temos que solucionar, não a culpa. Muitas vezes a culpa serve mais como uma forma de se proteger contra esse desafio mais profundo que é ficar autoconsciente e buscar mudanças necessárias.

Para auxiliar na consciência de culpas que possam estar presentes em você e diminuindo seu valor pessoal, você poderá realizar o “exercício para culpa” no link https://46d37c1c-9bf3-4e9b-be06-40b8b3b1a8ee.filesusr.com/ugd/471461_b43f216a41d4404ea4d17e06ff034fef.pdf

4. Viver responsavelmente

Pessoas que possuem uma elevada autoestima tem uma orientação ativa frente à vida e não passiva. Isso significa assumir a responsabilidade por conquistar o que almejam e não esperar que os outros realizem seus desejos.

Viver responsavelmente é também assumir responsabilidade por suas escolhas e atos, pelo cuidado pessoal ou falta de cuidado, pelas relações que mantém, pela maneira como lida com as pessoas, pelo significado que atribui à própria existência, pela felicidade, pela vida que possui.

Muitas vezes a culpa ou outros sentimentos negativos servem para nos mantermos passivos frente à vida. Como seria se você assumisse mais responsabilidade (no trabalho? Nas relações? Com a família? Por seus atos? Por sua felicidade?)

Assumir responsabilidade não significa que precisamos ou que iremos conseguir mudar tudo em nossas vidas, mas também aceitar a responsabilidade pelo que não conseguimos mudar nos gera autoestima e força.

Você poderá ampliar mais esse aspecto preenchendo o “exercício para a responsabilidade” no link https://46d37c1c-9bf3-4e9b-be06-40b8b3b1a8ee.filesusr.com/ugd/471461_05e1f6c402344853a4061acf73ca78d4.pdf

5. Viver com autenticidade

As mentiras mais devastadoras para nossa autoestima não são as que contamos, mas as que vivemos. Vivemos uma mentira quando distorcemos a realidade do nosso ser. Uma boa autoestima significa congruência, que meu eu interior está de acordo com o que manifesto no mundo. Se não falo ou mostro o que eu penso, não estou somente “enganando” o outro, mas me condenando à ansiedade de ficar pensando “quando serei descoberto”. Viver através de máscaras é um peso para qualquer um. Quando somos honestos, arriscamos perder relações ou pessoas, mas podemos ser mais livres conosco e com os outros.

Algumas questões para refletir:

- Esforço-me para ser honesto e cuidadoso quando me comunico?

- Falo à vontade, de forma direta sobre tudo o que amo, admiro?

- Se estou magoado, zangado falo a respeito com honestidade e dignidade?

- Sou fiel a mim mesmo? Honro minhas necessidades e meus interesses?

- Permito que as outras pessoas vejam minhas emoções?

- Caso saiba que estou errado, reconheço o fato simplesmente?

Assim, se você considera que necessita aprimorar sua autoestima, analise detalhadamente esses cinco pilares e veja o que você pode desenvolver dentro disso para ter uma ampliação de seu valor e competência pessoais. Viver com mais autoestima torna a vida e as relações mais leves e certamente traz uma felicidade mais autêntica para nossas vidas.

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